SOU METEOROLOGISTA!
Era suposto eu ter estudado medicina. Mas eu não suporto ver sangue, nem pessoas agoniadas. O destino fez com que acabasse na meteorologia que vejo como tendo o mesmo propósito da medicina: reduzir o sofrimento das pessoas e assegurar que tenham rendimentos.
É que se não chove muita gente passa fome e se empobrece. Para pessoas como eu que tem ligação com pessoas que dependem das Machambas para subsistência a falta de colheita no campo tem um impacto directo no meu bolso: aumenta o custo dos alimentos e aí tenho mais remitências a fazer e/ou aumenta o número de familiares que vão pedindo apoio. Para os que acham não ter nada há haver com o campo também sofrem pois aumenta a escassez de produtos e com isso aumentam os preços.
Mas o trabalho do meteorologista não é só útil para a agricultura. Já imaginou um avião voando sem informação meteorológica. Para além de correr o risco de tem incidentes no percurso como turbulência pode até não chegar ao destino.
Ao sair de casa se não souber o tempo que vai fazer no final do dia, pode-se voltar molhado a casa.
O gestor de barragens se não souber como será o comportamento da época chuvosa pode ser confrontado com uma seca numa altura em que há pouca água na barragem com impactos na disponibilidade de água para consumo e geração de eletricidade.
O médico pode antever o surto de epidemias e doenças como malária, cólera, entre outras.
Não consigo pensar em algum aspecto da vida que não seja influenciado por temperaturas, ventos, chuvas, humidade atmosférica e por aí em diante…
Por isso, quando o meteorologista faz bem o seu serviço, tal como o médico, reduz a dor, o sofrimento e a pobreza.
Por isso sou meteorologista.
Por: meteorologista anónimo